27/11/11

isto é ajuda ou roubo?


Portugal paga 7 mil milhões em juros e comissões até 2014


6 de Novembro, 2011por Luís Gonçalves

Antes de Portugal começar a pagar o empréstimo da troika (em 2015 ao FMI e 2016 à União Europeia), a ‘factura’ do acesso aos 78 mil milhões de euros será um ‘fardo’ pesado nas contas públicas e que começa a ser cobrada já este ano.
Segundo dados do FMI, entre 2011 e 2014 (período de duração do programa de assistência), Portugal terá de pagar só em juros, encargos e comissões 2,331 mil milhões de euros pela parcela de 26 mil milhões de euros entregue pela instituição de Washington.

Os mesmos encargos com a tranche da Comissão Europeia (52 mil milhões de euros) deverão ascender a quase 5 mil milhões de euros no mesmo período. Porém, esta última estimativa é provisória, uma vez que Bruxelas está ainda a actualizar os montantes a pagar em virtude da ratificação da descida dos juros cobrados pelos fundos de resgate europeus acordada em Junho e aprovada no mês passado, adiantou um responsável comunitário ao SOL. Esta decisão permitiu a Portugal reduzir de 5% para 3% o juro médio das tranches de Bruxelas, igualando ao juro cobrado pelo FMI.

O ‘preço’ do empréstimo da troika estalou na semana passada quando o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, questionado pelos deputados, revelou que só as comissões à troika iriam ascender a 655 milhões de euros até 2014 (335 milhões em 2011, 211 milhões em 2012, 84 milhões em 2013 e 25 milhões em 2014). Os 335 milhões de euros pagos à troika este ano, foram, aliás, uma das componentes responsáveis pelo ‘desvio’ orçamental de 3,4 mil milhões previsto para 2011. O SOL_questionou o Ministério das Finanças sobre as razões da inscrição das comissões à troika para 2011 como desvio orçamental e consumo intermédio, mas não recebeu resposta até ao fecho da edição.

Contas feitas, Portugal poderá pagar, entre este ano e 2014, cerca de 7 mil milhões de euros em juros, encargos e comissões pelo empréstimo. De 2015 a 2019, a factura continua. Só ao FMI terão de ser devolvidos mais 4,2 mil milhões de euros e a Bruxelas cerca do dobro. Os juros são um ‘peso’ cada vez maior nas finanças públicas portuguesas. A proposta do OE2012 prevê que sejam desembolsados mais de 8 mil milhões de euros em encargos com juros, um valor superior ao que o Estado gasta em salário num ano.
Antes de Portugal começar a pagar o empréstimo da troika (em 2015 ao FMI e 2016 à União Europeia), a ‘factura’ do acesso aos 78 mil milhões de euros será um ‘fardo’ pesado nas contas públicas e que começa a ser cobrada já este ano.
Segundo dados do FMI, entre 2011 e 2014 (período de duração do programa de assistência), Portugal terá de pagar só em juros, encargos e comissões 2,331 mil milhões de euros pela parcela de 26 mil milhões de euros entregue pela instituição de Washington.

Os mesmos encargos com a tranche da Comissão Europeia (52 mil milhões de euros) deverão ascender a quase 5 mil milhões de euros no mesmo período. Porém, esta última estimativa é provisória, uma vez que Bruxelas está ainda a actualizar os montantes a pagar em virtude da ratificação da descida dos juros cobrados pelos fundos de resgate europeus acordada em Junho e aprovada no mês passado, adiantou um responsável comunitário ao SOL. Esta decisão permitiu a Portugal reduzir de 5% para 3% o juro médio das tranches de Bruxelas, igualando ao juro cobrado pelo FMI.

O ‘preço’ do empréstimo da troika estalou na semana passada quando o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, questionado pelos deputados, revelou que só as comissões à troika iriam ascender a 655 milhões de euros até 2014 (335 milhões em 2011, 211 milhões em 2012, 84 milhões em 2013 e 25 milhões em 2014). Os 335 milhões de euros pagos à troika este ano, foram, aliás, uma das componentes responsáveis pelo ‘desvio’ orçamental de 3,4 mil milhões previsto para 2011. O SOL_questionou o Ministério das Finanças sobre as razões da inscrição das comissões à troika para 2011 como desvio orçamental e consumo intermédio, mas não recebeu resposta até ao fecho da edição.

Contas feitas, Portugal poderá pagar, entre este ano e 2014, cerca de 7 mil milhões de euros em juros, encargos e comissões pelo empréstimo. De 2015 a 2019, a factura continua. Só ao FMI terão de ser devolvidos mais 4,2 mil milhões de euros e a Bruxelas cerca do dobro. Os juros são um ‘peso’ cada vez maior nas finanças públicas portuguesas. A proposta do OE2012 prevê que sejam desembolsados mais de 8 mil milhões de euros em encargos com juros, um valor superior ao que o Estado gasta em salário num ano.